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Inicialmente o território de Nova Prata era parte integrante do município de Alfredo Chaves, atual, Veranópolis. Situado na microrregião colonial do Alto Taquari, localizado na encosta superior do Nordeste, distante 186 km da capital Porto Alegre, numa altitude de 820 metros, são suas características mais autênticas: as propriedades coloniais, o linguajar e os costumes herdados principalmente da imigração italiana, polonesa, alemã, portuguesa e outras. Nova Prata limita-se ao:

* Norte: com Guabiju e André da Rocha

* Sul: com Vila Flores e Fagundes Varela

* Oeste:com Nova Bassano, Nova Araçá e Vista Alegre do Prata

* Leste: com Protásio Alves.

Desde cedo a atividade agrícola se aliou ao extrativismo vegetal, exploração de ervais e madeira. Essa última tornou-se a principal atividade da região até aproximadamente a década de 60. Hoje, com seu relevo estrutural fortemente dissecado, as grandes jazidas de basalto da formação da Serra Geral caracterizam a área.


1.1 - Primeiros Habitantes da região

A região territorial de Nova Prata era habitada por tribos de índios "Coroados" que, só por volta de 1850, mantiveram o primeiro contato com pessoas brancas civilizadas, descendentes de espanhóis e, com eles começaram a negociar exclusivamente por meio de escambo. Inicialmente houveram desentendimentos e rusgas, nos quais perderam a vida vários índios e espanhóis. Mais tarde, Silvério Antônio de Araújo, entrando em entendimento com os Coroados, traçou a estrada que deveria dar acesso a Porto Alegre. Ao ser informado do fato, o governo da Província do Rio Grande do Sul deu a Silvério Antônio de Araújo o direito de escolher terras, tornando-o proprietário de quase toda a área da atual sede de Nova Prata. Em 1865, os Coroados venderam as suas terras a Fidel Diogo Filho, que as adquiriu por meio da simples troca por objetos de pouco valor econômico, mas que para os índios representavam muito. Os Diogos tomaram conta das terras e iniciaram a construção de algumas casas. Tempo depois, os índios entraram em luta com os Diogos e os mataram, em seguida fugiram em direção ao Rio Carreiro afluente do Rio das Antas. Atualmente, os descendentes dos índios Coroados encontram-se nas reservas indígenas de Cacique Doble e Nonoai. Em homenagem aos primeiros habitantes destas plagas, um dos hotéis, existentes em Nova Prata é denominado "Hotel Coroados".


1.2 - A colonização

Por volta de 1865, apareceram os primeiros colonizadores de origem portuguesa, isto é, Joaquim Ribeiro e Manuel Joaquim da Silva, que construíram suas casas e, com isso, formou-se um pequeno lugarejo, mas sem comércio. Logo em seguida, apareceram os Martins, os Moreiras e os Telles. Em 1876, uma comissão de engenheiros chegou ao local com a finalidade de traçar a estrada de Montenegro a Lagoa Vermelha, com isso teve início a imigração italiana, construindo-se a descendência, a maior população. A vida dos primeiros colonos foi árdua e difícil. Quase nada possuíam, além da grande força de vontade para o trabalho e o desejo de progredir aqui em nossa "Pátria". O milho foi o primeiro produto a ser cultivado, que após ser triturado por monjolos era transformado na gostosa e tradicional "polenta". Os poloneses chegaram em Nova Prata, por volta de 1895, oriundos das escarpas do Vale do Rio das Antas e muitos deles vindos da Polônia, não para trabalhar na lavoura, mas para serem empregados como tecelões na fábrica de tecidos de lã aqui instalada. Todavia, devido à completa carência de meios de transporte e a distância grandes centros, a mesma não teve êxito. As máquinas foram vendidas para o Lanifício São Pedro, em Galópolis, distrito de Caxias do Sul. Os poloneses que aqui vieram como tecelões, adquiriam pequenas glebas de terra, na Linha Sexta, distante seis quilômetros da sede do município e transformaram-se em exímios agricultores e ótimos na extração do basalto.


1.3 - Etnias

Nova Prata é constituída de descendentes dos seguintes povos imigrantes:

Italianos ________________ 65%

Poloneses_______________ 10%

Alemães________________ 05%

Portugueses e outros______ 20%

 

Nova Prata, município herdeiro, diversificado, graças aos imigrantes italianos, poloneses, alemães, árabes, portugueses, africanos e seus descendentes, apresenta potenciais muito fortes para evidenciar a sua identidade cultural. Como se percebe, a presença dos descendentes italianos é marcante, por outro lado, a cultura local também reflete outras origens. O colono italiano cultivou suas belas canções, seus costumes, o jogo da mora, da bocha e das cartas. Essas tradições ainda são encontradas em Nova Prata na sua forma mais genuína e pura. Descobrir e desenvolver as evidências dos perfis culturais de cada etnia sinalizará destaque e auto afirmação para o povo deste município.


1.4 - Nomes e emancipações

No início, o atual município foi denominado "Capoeiras". Esse nome é devido a um grande vendaval que no ano de 1850 arrasou os pinheirais existentes nas terras pertencentes à sede do município, reduzindo essa mata de araucária num verdadeiro capoeiral. A grande riqueza das terras pratenses era justamente seu enorme lençol de pinheiros que cobria uma vasta extensão de aproximadamente 500 quilômetros quadrados. A ganância pela riqueza atraiu madeireiros da capital e do interior do Estado, que instalando inúmeras serrarias transformaram o pinho em madeira aproveitada nas construções e indústrias. Todavia, deve-se ressaltar que, o colonizador italiano também dizimou muita araucária, através do fogo, a fim de dar lugar às plantações de milho, trigo e parreira. Na depressão ou vale, de forma circular, nasceria o povoado: hoje, a bela Capital Nacional do Basalto. Com o crescimento rápido de Capoeiras, sua população começou a esperar com intensidade a sua emancipação política que ocorreu em 11 de agosto de 1924, pelo Decreto número 3.351, com nome de "Prata". Esse nome foi dado devido à existência do rio que atravessa a cidade, isto é, o Rio da Prata. Como já havia um município denominado Prata em Minas Gerais, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística resolveu denominar o município gaúcho de "NOVA PRATA". Em 24 de agosto de 1932, foram anexados a Nova Prata os distritos de: Paraí, Nova Araçá e Protásio Alves, desmembrados do município de Lagoa Vermelha, que estiveram politicamente separados, mas sempre unidos pelas suas origens étnicas, culturais e históricas. Em 1948, são criados os distritos de Guabiju e São Jorge desmembrados do distrito de Paraí. Mais tarde, em 11 de agosto de 1961, foi criado novo distrito, Rio Branco. Uma vez efetivadas todas as anexações e constituídos os novos distritos, Nova Prata com área de 1.322 quilômetros quadrados ficou administrativamente com os seguintes distritos:

1- Nova Prata (sede do município)

2- Nova Bassano

3- Vista Alegre

4- Paraí

5- Nova Araçá

6- Protásio Alves

7- São Jorge

8- Guabiju

9- Rio Branco


Era o grande "Prata", na denominação da historiadora Zaira Galeazzi. A situação do Grande Prata, com seus 1.322 quilômetros quadrados não durou muito tempo. De 1964 a 1965, três de seus distritos conquistaram autonomia, formando novos municípios, Nova Bassano, Nova Araçá e Paraí, ficando reduzido seu território para 875 quilômetros quadrados. Em 20 de setembro de 1987, mais dois distritos foram às urnas e num plebiscito, São Jorge e Guabiju emanciparam-se. Em 10 de abril de 1988, mais dois distritos: Vista Alegre e Protásio Alves. Constituíram-se em municípios autônomos:

- Nova Bassano em 23 de maio de 1964, pela Lei Estadual nº 4.730;

- Nova Araçá em 22 de dezembro de 1964, pela Lei Estadual nº 4.730;

- Paraí em 09 de julho de 1965, pela Lei Estadual nº 4.977;

- São Jorge e Gaubiju em 20 de setembro de 1987;

- Vista Alegre e Protásio Alves em 10 de abril de 1988.


Em 14 de dezembro de 2006, o distrito de Rio Branco passa a ser bairro de Nova Prata, através da Lei Municipal nº 6205/2006.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população estimada em 2016 é de 25.315 e o território de 258,865km².


1.5 - Prefeitos de Nova Prata

- Félix Engel Filho - 18/08/1924 - 03/11/1928

- Coronel Virgílio Silva - 03/11/1928 - 18/08/1931

- Oscar da Costa Karnal - 15/08/1931 - 03/11/1932

- Mário Defini - 03/11/1932 - 01/10/1933

- Adolfo Schneider - 01/10/1933 - 24/08/1946

- Demétrio Lenzi - 25/08/1946 - 20/12/1946

- João Fabris Sobrinho - 21/12/1946 - 01/05/1947

- Ermindo Cherubini - 01/05/1947 - 31/12/1947

- Carlos Tarasconi - 01/01/1948 - 31/12/1951

- Alcides Tarasconi - 01/01/1952 - 31/12/1955

- Reinaldo Cherubini - 01/01/1956 - 31/12/1959

- Guerino Somavilla - 01/01/1960 - 31/12/1963

- Ulisses Ernesto Pandolfo - 01/01/1964 - 31/01/1969

- Guerino Somavilla - 31/01/1969 - 31/01/1973

- Nagib Stella Elias - 31/01/1973 - 31/01/1977

- João Carlos Schimitt - 31/01/1977 - 31/01/1983

- Vitor Antonio Pletsch - 01/02/1983 - 31/12/1988

- João Carlos Schmitt - 01/01/1989 - 21/12/1992

- Vitor Antonio Pletsch - 01/01/1993 - 31/12/1996

- Mário Minozzo - 01/01/1997 - 31/12/2000

- Mário Minozzo - 01/01/2001 - 31/12/2004

- Vitor Antonio Pletsch - 01/01/2005 - 31/12/2008

- Vitor Antonio Pletsch - 01/01/2009 – 31/12/2012

- Volnei Minozzo – 01/01/2013 - 31/12/2016

- Volnei Minozzo - 01/01/2017 - 31/12/2020

- Alcione Grazziotin - 01/01/2021

 

 

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